sexta-feira, 20 de junho de 2025

A pior animação que eu já fiz

 Há dois dias atrás eu tive a ideia de fazer uma animação baseada no vídeo "Viciado em RuneScape come até ração de cachorro", pois eu achei que isso seria engraçado.

Eu me esforcei um pouco, mas ao mesmo tempo eu fiz tudo de qualquer jeito, eu tenho trabalhos mais importantes para fazer, então eu não queria dedicar semanas ou meses para fazer algo bem feito.

Esse também é o último vídeo que eu edito no vegas pro, adeus meu chapa.





quinta-feira, 12 de junho de 2025

Algo Muito Positivo

 Já faz um bom tempo desde que eu comecei a sair de casa apenas para ficar sentado na escada de uma das praças da cidade, eu não compro nada para lanchar, eu não levo algo para ler e nem mesmo chamo um amigo para conversar. Todas as minhas tardes se resumem em ficar sentado na escada apreciando um lindo céu dourado junto à uma bela palmeira cheia de vida.

 Existe algo reconfortante ou até mesmo terapêutico nessa rotina, eu não consigo explicar com detalhes como eu me sinto nessas tardes, mas sendo breve, eu me sinto leve, confortável e despreocupado. Mas recentemente, um pensamento repentino surgiu na minha cabeça: eu sinto que algo muito positivo irá acontecer comigo nos próximos dias. O que será? Quando será? O que vai acontecer quando esse dia chegar?

 Os dias passam, eu continuo seguindo a minha rotina, e eu não percebo nada de diferente, nenhum sinal de algo que seja “muito positivo”, apenas o mesmo horizonte ensolarado e a mesma palmeira, bom, nada pode ser melhor do que isso. Quem sabe, esse “algo muito positivo” tenha sido apenas um minúsculo delírio que se transformou em uma bola de neve dentro da minha cabeça? Nunca se sabe.

 Mais um dia se passa, e eu não acho que vou enjoar dessa rotina tão cedo. Quando eu estava prestes a pensar sobre o “algo muito positivo”, eu fui surpreendido com uma sombra nos degraus ao meu lado, quando olho para trás, eu me deparo com uma moça muito bonita, eu nunca tinha visto ninguém igual a ela antes.

- Boa tarde. - Ela disse com uma doce voz.

- Boa tarde. - Eu respondi - Você vai passar por aqui?

- Não. - Ela respondeu apontando para onde eu estou sentado. - Eu só queria me sentar nessa escada para observar a paisagem, mas eu vi que você teve a mesma ideia que eu.

- Bom, eu faço isso já faz um bom tempo. - Eu respondi me levantando para dar lugar à ela - Mas eu posso sair se você quiser.

- Não, não precisa. - Ela respondeu rápido - Eu posso me sentar do seu lado, deve ser chato observar o horizonte sozinho afinal de contas.

- Pois é. - Eu respondi concordando com ela.

 Nós estávamos observando o horizonte em silêncio, como se eu continuasse sozinho, “ela deve estar pensando na mesma coisa que eu” eu pensei por um momento, e por isso, eu decidi matar o silêncio.

- O meu nome é Paulo Roberto. - Eu decidi me apresentar. - E o seu?

- Júlia. - Ela respondeu olhando para mim com aqueles olhos brilhantes.

- Ana Júlia? Maria Júlia? - Eu perguntei.

- Só Júlia mesmo. - Ela respondeu com um lindo sorriso.

- Entendi. - Eu respondi, também com um sorriso. - Você pode me chamar só de Paulo se quiser.

- Certo. - Ela respondeu.

 Assim, o silêncio continuou, e chegou o meu momento preferido daquela rotina: o pôr do sol. Ver aquele céu alaranjado com aquelas nuvens escuras junto com aquela palmeira sempre me passou a impressão de estar olhando para uma pintura ao vivo.

- É muito lindo. - Eu pensei alto.

- É mesmo. - Ela respondeu.

- Hã… É! Sim, é muito bonito! - Eu respondi após parar de sonhar acordado.

- Bom, já está ficando tarde. - Ela concluiu se levantando do degrau. - Eu gostei da sua companhia.

- Como assim? - Eu perguntei confuso enquanto me levantava. - A gente mal conversou.

- É que eu gostei da sensação de ter alguém do meu lado... - Ela respondeu parecendo estar confusa - Eu… Não sei se essa afirmação faz sentido…

- Olha… Eu acho que faz sim… - Eu respondi, tentando entender o ponto dela. - Sabe… Eu também gostei de estar perto de você, mesmo que não tenhamos conversado muito.

 Naquele momento, eu senti um aquecimento dentro do meu peito, como se o meu coração fosse pegar fogo. Será que ela está sentindo a mesma coisa?

- V-Você também gostou? - Ela respondeu com o rosto vermelho - Então… o que você acha da gente se encontrar aqui denovo?

- Sim! - Eu respondi com o coração começando a bater feito um tambor. - No mesmo horário então?

- Sim. - Ela respondeu enquanto sorria, ela pareceu estar tão animada quanto eu.

- Certo, a gente se vê amanhã então. - Eu falei enquanto me despedia dela, até eu reparar que andávamos na mesma direção.

- Você também vai sair por aqui? - Ela perguntou para mim.  

- Sim, eu moro por aqui. - Eu respondi.

- Que legal. - Ela respondeu com um sorriso. - Nós moramos perto e nem sabíamos. 

- Pois é… Então, você se importa se eu te acompanhar até a sua casa? - Eu perguntei com um pouco de vergonha.

- Você pode! - Ela exclamou tão alto que eu me assustei um pouco. - Quer dizer, eu não me importo, desculpa se eu te assustei - Ela terminou sorrindo e colocando a mão no meu ombro.

- Tudo bem. - Eu respondi sorrindo. - Então, o que você acha da gente andar de mãos dadas até a sua casa? - Eu perguntei ainda com um pouco de vergonha.

- Sim! - Ela respondeu tão alegremente que deu até pulinhos.

 Então eu peguei na mão dela e começamos a andar até a casa dela, a mão dela é tão macia e fofa que parece uma almofada em miniatura, eu olho para o lado e noto como ela parece uma princesa, os seus cabelos balançam suavemente com o vento, o seu rosto liso e delicado lembra uma escultura de Michelangelo, eu não conseguia parar de olhar para ela, por certo, ela percebeu isso, porque ela olhou para mim de volta e disse:

- Parece que você se apaixonou por mim. - E terminou com um sorriso.

- Sim, estou mesmo. - Eu respondi um pouco nervoso, mas convicto. - E eu digo o mesmo de você. 

- Você tem razão. - Ela respondeu com uma risada sincera.

 Então de repente, algo passou pela minha cabeça, algo que eu pensava todos os dias, algo positivo, algo muito positivo! Então era isso? Esse “algo muito positivo” é a presença de Júlia? Agora tudo faz sentido, agora eu me sinto mais completo, agora eu percebo como a minha rotina era solitária.

 Com ela ao meu lado, eu sinto que irei viver uma nova rotina, e eu quero que essa dure até o fim!

- Chegamos. - Eu escutei ela falando. - Essa é a minha casa, a sua fica muito longe daqui?

- Hã… - Eu comecei a prestar atenção no que ela estava falando - Sim, então essa é a sua casa. Bem, a minha não fica muito longe daqui, eu posso te buscar aqui amanhã, o que você acha? 

- Sim! - Ela exclamou alegremente - Isso é tão romântico da sua parte.

 O céu estava começando a escurecer, e eu me despedi de Júlia beijando a sua mão, ela corou, e em troca, ela me beijou na bochecha, eu fiquei vermelho, e em troca, eu dei um selinho nela, ela ficou muito mais vermelha e só me deu um abraço forte, eu abracei ela de volta. Pareceu que aquele momento não fosse acabar, pelo menos, nós dois não queríamos que acabasse.

 Nós ficamos agarrados por alguns segundos que mais pareciam horas, o momento estava bom, mas tínhamos que parar. 

 - Tchau Júlia. - Eu me despedi dela enquanto me afastava. - Amanhã eu passo aqui como combinamos.

- Certo, meu príncipe! - Ela respondeu, acenando freneticamente para mim.

 No caminho de volta para casa, eu só conseguia pensar em vê-la novamente, ela não saiu da minha cabeça nem quando eu fui jantar, nem quando eu fui me deitar e nem quando eu dormi. 

 No dia seguinte, eu continuei pensando nela, eu nunca tinha ficado tão ansioso para ver uma pessoa na minha vida, e eu imagino que ela também deva estar ansiosa para me ver de novo hoje.

 A hora chegou, eu me arrumei, passei o meu melhor perfume, e aproveitei um tempinho para escrever um bilhete expressando todos os meus sentimentos por ela (eu estava sorrindo muito), com tudo pronto, eu me preparei para sair. Após uma curta caminhada até a casa dela, eu notei algo estranho. A casa dela estava aos pedaços, a porta e a janela ao lado estavam arrancadas, e olhando pelo buraco do que sobrou da porta, eu vejo centenas de telhas quebradas espalhadas pelo chão do que um dia já foi uma casa.

- O que aconteceu? - Eu pensei alto. - O que aconteceu com você Júlia?

 O que aconteceu? Eu estou tão confuso, ontem a noite essa casa estava inteira, e agora ela está desmoronada, por que Júlia fez isso? Se é que ela realmente fez isso, se isso tudo aconteceu da noite para o dia então como a vizinhança inteira não escutou nada? 

 Eu não conseguia me mexer, eu só conseguia ficar paralisado olhando para aquela cena, eu prometi para Júlia que eu buscaria ela aqui, eu não vou sair daqui com as mãos abanando, eu quero sentir aquela mão macia…

 Eu continuei ali parado, olhando tristemente para o chão coberto de telhas quebradas até que eu escuto alguém chamar pelo meu nome.

- Ei, Paulo, o que aconteceu? - Disse aquela voz.

  Eu olho para o lado e vejo que é o meu amigo, Guilherme.

- Ah, oi Guilherme. - Eu falei junto com um melancólico suspiro.

- O que aconteceu? - Guilherme perguntou visivelmente preocupado. - Por que você está aqui parado? Tem alguma coisa nessa casa que chamou a sua atenção?

- Sim. - Eu respondi tristemente. - Mas…

- Mas o que?

 Após um pesado suspiro, eu contei a história toda para Guilherme, ele ficava intrigado em toda pausa que eu fazia para respirar, e quando eu terminei de contar tudo, ele olhou no fundo dos meus olhos e disse:

- Paulo, essa tal de Júlia não existe… 

 Aquelas palavras me deixaram paralisado, ele provavelmente continuou falando, mas eu não conseguia ouvir mais nada, o meu olhar estava direcionado para o além, eu tentava falar, mas nenhuma voz saía da minha boca. Tudo o que restou para mim foram as minhas lembranças de Júlia, mas ela de repente sumiu dos meus pensamentos junto com todos os meus momentos com ela.

FIM

terça-feira, 10 de junho de 2025

Eu fiz isso

 Quando eu era criança, eu comprei em uma feirinha um daqueles DVDs de coleção X em 1, eu resolvi recriar a capa desse DVD pra compensar a falta de desenhos nas próximas semanas, o motivo: eu extraí o siso e não devo fazer muito esforço físico e nem inclinar a cabeça pra baixo.

Fiquem com essa postagem aleatória.


sexta-feira, 6 de junho de 2025

Lentes opacas

 Esse é um dos meus tropos de arte preferido, ele é geralmente usado para demonstrar algo profundo no personagem, como imponência e mistério, ou também só é usado por ser um conceito esteticamente legal.

Eu me inspirei em uma pessoa que eu conheço pessoalmente para fazer esse desenho, eu acho o visual dela muito "desenhável".



A pior animação que eu já fiz

 Há dois dias atrás eu tive a ideia de fazer uma animação baseada no vídeo "Viciado em RuneScape come até ração de cachorro", pois...